sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Gaia e as eleições antecipadas

Desde há muito que escrevo que o governo não aguenta a legislatura até ao fim, devendo o Presidente da Republica chamar a si a responsabilidade de formar um Governo ( sim, um Governo).
Escrevi isso porque parece-me que levar o país a eleições, nesta altura, é dispensável porque, mesmo que ganhe o PS, vai-se ter que cumprir o memorando de entendimento com a Troika.
No entanto, esta semana surgiu uma notícia que poderá mudar vontades dentro do PSD: Marco António Costa é travado por Passos Coelho e não se candidata a Gaia.
Passos Coelho ganhou as eleições do PSD com o apoio do Dr.Filipe Menezes e de Marco António Costa. Vamos ser francos: Relvas arregimentou 28% dos votos, o que fez que o ex-líder da JSD perdesse as eleições em 2008. A grande diferença para 2010 foi a aposta do núcleo de Gaia em Passos, fazendo-o ganhar; se tivessem apostado em Paulo Rangel, certamente seria Rangel a ganhar.
Posto isto, Passos fica a dever favores ao Dr.Filipe Menezes e a Marco António Costa: Conselho de Estado e candidatura à Câmara Municipal do Porto para um, Secretário de Estado e candidatura à Câmara Municipal de Gaia para outro.
Com a notícia da não candidatura de Marco António Costa a Gaia, abre-se aqui uma questão: será que o que ofereceram ao Secretário de Estado para continuar no governo é suficientemente bom para esquecer os seus gaienses?
Será que, numa eventual remodelação ministerial, o lugar de Ministro, num governo que tem trela curta da Troika, será suficiente para afastar Marco António Costa das pessoas que lhe deram projecção?
Se não for suficiente, temos mais uma pessoa dentro do governo e do PSD a querer que esta aventura governamental acabe o mais rapidamente possível.

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